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Certificações financeiras: Bancos ampliam oferta de contratações para bancários

Certificações como CPA-20 são vistas pelo mercado como selo de distinção, abrindo portas para promoções e atuação em cargos mais estratégicos.

Os brasileiros estão cada vez mais acostumados a ter o controle da conta corrente na palma da mão. Tudo que precisam é de conexão com a internet e suporte dos aplicativos. A mudança de comportamento impactou a operação dos bancos, que gradualmente estão abrindo mão de funções técnicas para apostar em profissionais que assumam cargos mais estratégicos para o correntista e também para a instituição.

Neste contexto, as certificações financeiras estão em alta e são cobiçadas por quem deseja alçar voos mais altos na carreira bancária. Bancos como Santander e Bradesco, por exemplo, buscam profissionais mais qualificados para oferecer um atendimento de ponta, sobretudo nos cargos de gerência e da área de investimentos.

Segundo o Departamento Intersindical de Estatística e Estudos Socioeconômicos (Dieese), em 2018, o país tinha 450 mil bancários em atividade. Destes, o número de profissionais com certificações financeiras é extremamente baixo. A Associação Brasileira das Entidades dos Mercados Financeiro e de Capitais (Anbima) estima que em fevereiro de 2020, 151.006 pessoas tinham a certificação CPA-20, necessária para gerentes que atendem clientes de alta renda, e pouco mais de 8 mil detinham o CEA, destinado aos especialistas de investimentos.

“Poucos bancários têm certificações financeiras, ainda tem muito espaço para profissionais qualificados. Cruzando os dados do Dieese com as informações da Anbima, constatei que 66,5% dos bancários não têm a certificação CPA-20, hoje considerada pré-requisito em muitas instituições”, alerta o economista Fabio Louzada, CEO da startup Eu Me Banco e referência no setor como profissional que tem o maior número de certificações financeiras do Brasil.

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